Iniciou nessa semana no congresso uma discussão sobre a vinculação de gastos da Educação com a evolução da arrecadação do governos federal.
A ideia é ter limites para esses gastos.
O Governo Federal deve reservar 18% da arrecadação de 2016 para a Educação.
Orçamento não pode ser inferior ao orçamento de 2015 com a correção do crescimento do PIB. Redução do PIB não conta.
Esse valor, se comparado com todos os outros valores do orçamento, é uma enormidade.
Nos Estados e nos Municípios o valor chega a 25% da arrecadação.
Então qual é a razão da Educação no Brasil ser tão ruim?
Dinheiro parece não ser o problema.
Em 1950, Educação representava apenas 1,4% do PIB, hoje representa 6,6%.
A educação fundamental foi universalizada na década de 90 (um século e meio depois dos Estados Unidos e quase meio século depois da Coreia do Sul).
No meu entendimento vincular despesas não é uma boa ideia, pois se cria a necessidade do gasto.
Gastamos mais que Estados Unidos e Coreia, mas não estamos nem perto desses países.
A cada três anos, estudantes de vários países fazem o exame internacional Pisa (sigla inglesa para Programa Internacional de Avaliação de Alunos), cujo objetivo é avaliar sistemas educacionais no mundo por meio de uma série de testes em assuntos como leitura, matemática e ciências.
O Brasil ocupa a posição 60 de 73 países (leitura de 2015).
Os primeiros colocados são os países da Ásia, como: China, Cingapura, Hong Kong; seguidos de perto pelos países Escandinavos.
É evidente que o problema da Educação não é financeiro, é estrutural.
Para onde vai o dinheiro?
Segundo a Veja existem 5 profissionais de backoffice a mais para cada professor, se comparado com os números Chineses.
Ou seja, para cada professor existe 5 pessoas para auxiliá-lo na retaguarda.
Será que precisa?
No artigo da VEJA existem inúmeras outras ideias para serem testadas no Brasil.
Colocar limites para os gastos com Educação, sem atacar a cerne do problema, pode resultar em um problema maior.
Pois o número de 5 pessoas para cada professor pode aumentar.
E isso possivelmente se reduzirá o número de professores.