Quando chega o fim do ano, iniciamos um processo de reflexão e otimismo. Iniciamos um diálogo interno revendo o que fizemos durante todo o ano, e nos convencemos que no próximo ano tudo será melhor.
O Natal com luzes e sorrisos, substitui o asco com que assistimos a falta de caráter e de amor ao próximo de nossos políticos, escancarados todos os dias nos jornais e nos pop-ups que chegam em nossos celulares.
Mas nessa época do ano tudo parece diferente.
Utilizamos as últimas semanas do ano para montar um plano de como será o próximo ano, reunimos os amigos para celebrar a vida.
Recebi uma mensagem por whatsapp do amigo Roberto Cavalcanti, onde ele discutia qual foi a maior invenção do mundo.
Uma excelente reflexão. Muitos podem dizer que foi a invenção da roda, mas ele contesta.
No seu entendimento, e agora no meu também, a maior invenção do mundo civilizado foi o “círculo”.
Mark Twain uma vez disse: “Se você tem uma maçã, e outra pessoa tem outra maçã, vocês juntos possuem duas maçãs.
Mas se você tem uma ideia e outra pessoa tem outra ideia, a soma é infinita.”
Após o texto do Roberto Cavalcanti tive infinitas ideias.
Ele explicou assim: “(…) anel, aro, esfera, disco, círculos e circunferência têm conceitos próprios na arquitetura e simbologias que podem expressar crenças espirituais, ideias inovadoras e fenômenos culturais”.
Utilizamos o “círculo” para definir o que está dentro e o que está fora.
Por exemplo, utilizamos o “círculo” para definir quem está dentro e quem está fora do nosso “círculo” de amizades.
Toda empresa tem um “círculo” de relacionamento que normalmente chamamos de stakeholders.
Os stakeholders de uma empresa são os seus funcionários, fornecedores, acionistas, mídia, governo, clientes; e todos os que possam se relacionar, de uma forma ou outra com a empresa.
Em ações desesperadas de fim de ano, para se relacionar com seu “círculo”, as empresas enviam cartões de felicitações e montam eventos de confraternização.
Eventos de confraternização empresarial normalmente seguem um roteiro previsível: as pessoas fazem “círculos” no salão com aqueles que possuem mais intimidade.
As diferenças hierárquicas ficam nítidas.
Diretores com diretores, ou com seus subordinados, e cada departamento com o seu departamento.
O que no jargão empresarial chama-se pirâmides funcionais e feudos.
Poucos têm acessos a todos os “círculos”.
Os afortunados que possuem essa habilidade, cultivaram o relacionamento em muito mais tempo do que apenas o fim do ano.
Aqui vale uma reflexão: Por que esperar até o fim do ano para mostrar apreço pelas pessoas de seus “círculos”?
Por que não separar um pouquinho do seu tempo para contemplar todos os seus “círculos” durante todo o ano?
Todos os relacionamentos duradouros necessitam ser cultivados.
Nutri-los de atenção, um pouquinho cada dia.
Portanto nos planos de fim de ano, inclua o plano de cultivar todos os seus “círculos” de relacionamento um pouquinho a cada dia.
Um Feliz Natal a todos e um excelente ano para nós!