Chegamos ao meio do ano.
Normalmente em Junho os executivos das empresas reservam um tempo para discutir o que aconteceu no primeiro semestre.
O quanto a realidade estava em linha com o Plano Estratégico, e se existe necessidade de revisão dos números para o segundo semestre.
É claro que não se pode ir mudando metas continuamente, principalmente o orçamento.
Mas semestralmente uma revisão é necessária, pois metas muito fáceis de serem batidas são ótimas para o executor, mas horríveis para a empresa.
E o inverso também, se nada deu certo no primeiro semestre não adianta “rezar” para que mude no segundo.
Metas que todos sabem que não serão atingidas, não serão atingidas.
Ponto.
Mas o que fazer?
O primeiro semestre no Brasil não foi bom, todos os números que existem disponíveis, tanto macroeconômicos como microeconômicos, demonstram que a economia está caminhando para a estagnação.
O recuo das moedas foi um alento, mas o efeito não é duradouro.
A única coisa que cria efeito contínuo é o crescimento de mercado e consequentemente vendas.
E isto possivelmente não vamos ver também no segundo semestre.
Novamente, o que fazer?
Não existe nada mais ruim do que fazer as mesmas coisas e desejar um resultado diferente.
Se a empresa não vai ter vendas no montante projetado em Dezembro de 2015, ela tem que focar nas despesas.
Uma metodologia que está em ascensão no Brasil é utilizar o Orçamento a Base Zero (OBZ).
O OBZ permite que as despesas sejam do tamanho das receitas.
Por exemplo, em uma transportadora existem três despesas que perfazem 80% de tudo que se gasta: combustível, pneus e pessoas.
Se a transportadora tem clientes e os caminhões estão na estrada, ela gasta combustível, pneus e tem que pagar os profissionais contratados.
Se os caminhões estão parados na garagem, a empresa não tem receita, mas em contrapartida também não deveria ter as despesas.
Mas o que ocorre na grande maioria das transportadoras, e empresas em geral em todos os segmentos de mercado, como não existe o controle da despesas conforme o uso dos recursos, as despesas acontecem da mesma maneira.
É o velho lema: “gaste ou perca o recurso no próximo orçamento”.
Em momentos como esses que estamos vivendo, os executivos necessitam pensar em fazer diferente.
Empresas como Ambev, Ultragaz, Personal Service, apenas para citar algumas, já investiram para possuir OBZ.
A metodologia não é simples de ser implementada, e necessita de um suporte significativo dos profissionais de tecnologia da informação.
Tem que estar abaixo do CFO da empresa, que necessita acreditar que essa ferramenta realmente faça diferença.
Como mexe com uma situação consolidada de poder, precisa ser conduzida pela alta direção da empresa, com pulso forte.
Caso você tenha interesse em conhecer mais sobre essa metodologia entre em contato diretamente comigo (rnuzzi@tmh.com.br), para que eu possa te enviar mais material de análise.