O ano que se encerrou foi muito conturbado, pois tivemos uma eleição apertada e teremos que ver como o governo Dilma supera em 2015 os principais problemas criados por sua própria gestão anterior.
Acredito que o governo Dilma não chegue ao fim de 2015.
Mas vamos ver o que acontece.
Mas vamos a educação.
O que vemos para o futuro da Educação?
Acompanhamos uma grande escola que não conseguiu atingir sua meta de captação de alunos.
Muitos diretores de escolas me ligaram para dizer que pais haviam transferido seus filhos para a rede pública.
Mesmo reticente a essa conclusão precipitada, fui acompanhando os números de 2015.
O que se viu na verdade foi muitas escolas não conseguirem fechar as contas do ano e muitas outras fecharam as portas.
Acredito que o problema não seja a falta de alunos, e sim problemas de gestão.
A grande maioria das escolas que fecharam em 2015 eram geridas pelas fundadoras, que muitas vezes eram “amantes da educação”, pedagogas em sua maioria.
Mas que não entendiam que somente amar alguma coisa não é suficiente.
A palavra amador, vem de fazer as coisas por amor.
E o amador na Educação quebra.
Gerir uma escola deveria ser uma atividade simples, pois é um dos únicos mercados onde se conhece antecipadamente a receita do ano.
A receita é flutuante apenas com as oscilações da inadimplência ou raras transferências.
Contudo o que se vê no mercado é a falta da gestão desses recursos, onde os gastos diários cada vez são maiores e as margens cada vez mais pressionadas.
O que fazer?
O que mais as instituições de ensino estão fazendo é a implantação de modelos de gestão baseados em mercado.
Ou seja, ao invés de definir qual é o produto a ser entregue e fazer marketing desse produto, é entender o que o mercado de influência da escola está demandando e se preparar para essa demanda.
Tem escola analisando se realmente deveria atender todas as fases da cadeia de valor do ensino desde o infantil até o nível superior ou focar no que realmente tem vocação.
Tem escola trabalhando pesadamente em suas despesas para se posicionar com a melhor relação custo-benefício.
Tendo o mercado como parâmetro fica muito mais fácil identificar o que fazer.
As soluções agora deveriam ser de fora para dentro e não vice versa.
Toda a mudança necessita de um início, e nada melhor que o início do ano para começar uma boa mudança.